A Regra De Ouro



A Regra De Ouro



A filosofia Grega, o Judaísmo, o Budismo, o Cristianismo e todos 
os herdeiros de suas tradições a respeitam:

“Não faças aos outros o que não queres que os outros façam a ti”

Confúcio (497 a. C.)  a registrou nos Analectos e Jesus a proferiu no
Sermão da Montanha, registrado em Mateus 7:12.

“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam,
fazei-lho também vós

Será 2018 conhecido na história como o ano em que a grande maioria dos cristãos brasileiros mostrou que o amor próprio está em plena decadência?! Em Lucas 20: 27, Jesus, muito didático, expande a Regra de Ouro:

“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”

Ele, o Mestre Divino, o Cristo, completa, em Marcos 12:31:

“não existe mandamento maior do que estes”

Considerando que os seguidores do Cristo sejam todos honestos "de bem", e que respeitam o Bom Livro como a Sagrada Palavra de Deus, a Regra de Ouro que é “a” Lei do Amor ao Próximo talvez não tenha sido esquecida e sim mal compreendia?!

Uma coisa está clara como o dia: muita gente ainda não entendeu o que é amar. Será que eu já? 





Fichamento


 
Lições dos Mestres, de George Steiner. Traduzido por Maria Alice Máximo, pela Record em 2005. Lesson of Masters é sua publicação original, de 2005. 

Note que o livro é composto de introdução p. 11, seis capítulos: 1. Origens duradouras p. 19; 2. Chuva de fogo p. 55; 2. Magnificus, p. 83; 4. Maítres à penser p. 117; 5. em solo nativo p. 153; 6. O intelecto que não envelhece p. 183; Posfácio p. 217 e Indice, p. 225. 

A little taste: 
p. 11
Introdução
"Professor a meio século, tendo dado aulas em muitos países e sistemas de ensino superior, descubro-me cada vez mais inseguro quanto a legitimidade desta "profissão" e quanto os pressupostos que lhe são subjacentes. [...] raramente paramos para pensar no que é essa magia da transmissão, nos seus recursos nem sempre legítimos, no que à falta de definição mais precisa, eu chamaria de mistério da coisa o que dá ao homem ou a mulher o poder de ensinar a um outro ser humano de onde provém essa autoridade? [...] Essas perguntas que deixavam perplexo Santo Agostinho, permanecem sem respostas no clima literário de nossos dias. 

p. 12
O território da alma tem também seus vampiros. [...]Wagner desdenha do Fausto moribundo que havia sido seu magister. [...] Por um processo de interação de osmose, o Mestre aprende com seu discípulo enquanto lhe ensina. A intensidade do diálogo gera a amizade no seu mais elevado sentido. Pode englobar tanto a lucidez quanto o que há de incompreensível no amor [...] O tema desafia qualquer estudo abrangente e é de natureza planetária. [...]O que significa transmitir (tradendere) e de quem para quem é essa transmissão legítima? 

p. 13
[...]"'o que se transmite agora'" (paradidomena) nunca são transparentes. Pode não ser por acaso que as raízes semânticas de "traição" e "traduction" [em inglês "di famação"] não estejam muito distantes da de "tradição". [...] o genuíno ato de ensinar tem sido considerado por muitos uma imitatio de um ato transcendental ou, mais precisamente, divino de revelação, daquele desdobramento interior de verdades que heidegger atribui ao Ser (aletheia). As cartilhas seculares e os livros de estudo avançados mimetizam os livros sagrados originais que, por sua vez, em leituras filosóficas e mitológicas, eram comunicados oralmente. [...] esse é em essência, o modelo que fundamenta o professor da Torá, o explicador do alcorão, o comentador do Novo Testamento. 

p. 14
o exemplo [...]dispensa a palavra[...]O ensino válido é ostensivo. Demonstra. Essa "ostentação" tão intrigante para Wittgenstein, tem respaldo na etimologia: dicere, era a palavra latina para "mostrar", e somente mais tarde passou a significar "mostrar pela fala"; no inglês medieval, token e techen têm a conotação implícita de "o que mostra" (será o professor, afinal, um showman?!) em alemão deuten significado "indicar" é inseparável de bedeulen, "significar". Essa contiguidade leva Wittgenstein a negar a possibilidade de qualquer instrução textual honesta em filosofia. No que conserne a moralidade, somente a vida real do Mestre serve como demonstração. Sócrates e os santos ensinam com sua existência. [...] a perspectiva de Foucault tem sua pertinencia. Ensinar pode ser considerado um exercício de poder, assumido ou não. O Mestre possui poder psicológico, social, físico. Pode premiar e punir, excluir e promover . Sua autoridade é institucional carismática ou ambas as coisas. 

p.15 
Sustenta-se por promessas ou ameaças. [...] como veremos é essa concepção do ensino como uma força bruta elevada a um tom de histeria erótica que é satirizada em A lição de Eugêne Ionesco. Praticamente não estudadas estão as recusas a ensinar, a doxa - a doutrina e o material a serem ensinados - seja considerada perigosa demais para ser passada adiante [...]A história tem exemplos de casos assim, relacionados à alquimia e à Cabala. 

p. 16
Obviamente, as artes e as ações de ensinar são, no sentido mais puro dessa palavra frequentemente mal usada, dialéticas. 

p. 19
1. Origens duradouras
O legado cultural do Ocidente tem suas fontes específicas. Em um grau surpreendente, os costumes, os temas que continuam a orientar nossa vida escolar, nossas convenções pedagógicas [...] O espírito de nossas conferências [...] muitas das próprias técnicas de retórica do ensino não deixariam surpresos os pre-socráticos. É uma continuidade milenar que pode constituir nossa principal herança e o eixo do que chamamos, sempre de maneira provisória, de cultura ocidental. 

p. 20
A imagem de Hegel é cativante: é somente com Heráclito que a história da filosofia, ela mesma filosofia, alcança terra firme. Heráclito o enigmático e instigante aforista, como os antigos a ele se referiam. [...] chegamos a um dos nossos temas principais; o da oralidade. Antes da escrita, ao longo de toda a história da escrita e desafiando a própria escrita, a palavra falada é parte integrante do ato de ensinar. O mestre fala ao aluno. de Platão a Wittgenstein o ideal da verdade vivenciada é o da oralidade, o da palavra dita face a face e da sua resposta. Para muitos professores e pensadores eminentes, a redução de suas lições à imobilidade silenciosa da palavra escrita implica inevitáveis perturbações e traição de idéias. 

p. 24 (sofistas)
O termo tem tido um sentido pejorativo ao longo da nossa hitória, tem a conotação de argumento enganador, de habili-

p. 25
dade para assumir qualquer um dos dois lados antagônicos com o mesmo entusiasmo retórico, de virtuosismo lógico sem substância ou referência moral. Sofisma é sinônimo de ostentação verbal e eloquência intencional a serviço de quem o usa. Há apenas poucas décadas essa tradicional conotação negativa vem sendo reconsiderada. [...]jacqueline de Romily percebe nos sofistas os indispensáveis agentes do que chamamos de democracia ateniense. de grande pertinência para meu contexto é seu papal no desenvolvimento do ensino, do mundo acadêmico e libresco que conhecemos. 

p. 26 
De alguma forma, os sofistas foram capazes de vencer o que Rudolf Pfeiffer chamou de "aversão grega, profundamente arraigada, à palavra escrita." Nossas convenções de pedagogia sistemática de analise gramatical e hermenêutica e de citação de texto aí se originam. Desenvolvemos alunos (paideuein) em pensamento lógico e atenção a detalhe. Essa deve ser a base técnica e portanto ensinável, da retórica e das habilidades a ela relacionadas. Pois, a despeito de sua erudição cultivada e de sua modernidade, os sofistas invocaram como seus predecessores os rapsodos divinamente inspirados, cantores da verdade. Cada um desses elementos é refletido em Sócrates, cuja atitude em relação a Pitágoras e a G´[orgias é um complicado hibrido de ironia e respeito, de rejeição e mimésis. Para seus contemporâneos, Sócrates era um eminente sofista [...] A percepção dessa ambiguidade provoca a zombaria de Aristófanes em Nuvens. 

p. 28
Como, exatamente desde os sofistas, grande parte da filosofia "acaba sendo feita" em universidades e por homens e mulheres com qualificações profissionais públicas, apenas porque os participantes desse empreendimento esperam receber e recebem salários, temos a tendencia de não atentar para a estranha problemática de seu ofício. [...] membros titulares de mandarins, com sua mecênica de indicações e remuneração, essa situação parece "normal". 

p. 29
O magistério autêntico é uma vocação. É um chamado [...] Rabino em hebraico, significa simplesmente "professor". 

p. 30
a percepção que Ovídeo expressa de pitágoras em Metamorfoses XV é encantadora: "seus pensamentos chegam muito longe às alturas onde habitam os grandes deuses do céus, e sua imaginação contemplou visões que sua visão mortal não alcançaria. Tudo ele estudou com a mente cuidadosa e ansiosa por aprender e trouxe de volta o que havia aprendido e sentou-se entre as pessoas ensinando-lhes tudo que fosse valioso, e elas ouviram em silencio...[...] não há maior maravilha que vagar pelas alturas estelares, deixar as regiões sem encanto desta terra, cavalgar as nuvens, alçar-se aos ombros de Atlas e ver lá longe, lá embaixo, as diminutas figuras a verem-se sem rumo, sem razão, aflitas, temendo a morte, e aconselha-las a fazer do destino um livro aberto. 

p. 31
Ensinar seriamente é pôr as mãos no que há de mais vital no ser humano. É tentar ter acesso ao que há de mais sensível e de mais íntimo da integridade de uma criança ou de um adulto. Um Mestre invade, força a abertura, é capaz de devastar a fim purificar e reconstruir. [...] um estilo de instrução cínico - quer seja cinismo consciente ou não - são perniciosos. Destroem a esperança pelas raízes. 

p. 32
O ideal do verdadeiro mestre não é uma fantasia romântica ou uma utopia sem qualquer alcance prático. Aqueles entre nós que são afortunados certamente terão encontrado Mestres verdadeiros.

p. 33
Por que descuido ou vulgarização teriam me pago para tornar-me o que sou, se - e isso me fazia sentir uma crescente estranheza -  teria feito bem mais sentido se fosse eu a pagar aqueles que me convidam a ensinar? [...] Mais realisticamente, o Mestre, o pensador e questionador, ganhará o pão de cada dia com um ofício desconectado de sua vocação. [...] Peirce - o filósofo mais importante produzido pelo novo mundo - produziu sua portentosa obra formidavelmente original na mais absoluta pobreza e solidão. 

p. 34
A efetivação no cargo de professor universitário é uma armadilha e uma droga de efeito tranquilizante. [...]Essas questões coincidem com a entrada dos sofistas na cidade. Elas surgem da transição, bem mais gradual do que às vezes supomos, da oralidade para o livro. 


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O ano 2012 me trouxe essa leitura. Fez todo sentido - morri - com todo aquele preparo para ser "a melhor professora que podia ser" estampada na parede... crises de pânico,daí reli meus textos feitos à mão, desenhos à lápis e carvão, boneca flor descabelada, saquinhos pra presente, livrinhos agulheiro e calendário... foi como puxar a alavanca certa quando aquela porta pra inteligência falha. Ler é fantástico!




Mudança de Hábito

Ando me acostumando a não sofrer. Que susto, é bom!


Tá custoso viver



Quando os poderosos articulam uma crise tão tremenda quanto a que estamos passando, creio que o grande objetivo seja realmente desestabilizar nosso sistema nervoso central com ameaças.

O stress provocado pelas contas a pagar, o dinheiro que some, a pressão da mídia para que nossa beleza, no trabalho, na escola, na igreja, esteja nos produtos e serviços que nos vendem, pode adoecer os ossos.

Sapatos novos, roupas bem moldadas, dentes brancos e alinhados, cabelos bem cortados, diplomas bem guardados, seguro de saúde e claro, cartões de créditos estourados é o que temos para hoje.

O mundo é um maravilhoso jogo de farsas, cada um no seu cantinho, morrendo de medo que os outros descubram a falta de organização, as dívidas, o egoísmo, o preconceito, a tendência ao isolamento, a cegueira que nos foi implantada, que nos informa, que nos modela a cada dia.

Dou boas-vindas ao Caos, que sempre acorda multidões com choques de pobreza e dor. Que acordemos todos e passemos de autômatos a autônomos. 

Que a dor do outro nos atinja de cheio na cara. 

A liberdade custa muito.

Custa tudo.

Conversa de doido

- E quem quer ficar só, está dizendo que está doente?
- Dizem que sim.

- Quero estar doente então.
- Oh dó!

- É, não é fácil experimentar o lado dark da força.
- Um hum... pra quê afinal quer ser tachado de doido?

- Muita gente quer estar doente só não admite.
- Desta vez quero um relatório poético.

- Quer impresso ou mudou de sistema?
- hum?

Desde a Colina

O cubano convertido em CUSs
No peso que o turismo trouxe a Meliá.
Da abertura do modelo que caído se expõe a releituras.
O país das maravilhas vive de suas conquistas.
De liberdade a conta gotas.

Os sonhos se refazem ao compasso dos buracos de Alices.
Do poeta que ao cair em tais espaços toma chá com o chapeleiro.
Daz imagens que brotarem de palavras ditas à bricanero.


te Conto


As palavras vêm e vão pois não sabem aportar por mais de um instante no tempo do ser. E, Daqui de onde estou, vejo o mar.

Eu conto!

Aqui

Como posso estar aqui?
Uma pequena rosa... rosa.
E pensa que pode me encasular em seu mundo pequeno,
Egoísta e imaturo.

Como posso estar aqui?
Só consigo ver as baras de minha prisão
Quando olho aquela mandala maldita
Sobre a mesa algumas opções.

Como poso estar aqui?
Não posso assim não retomar você... assim.
Uma tez sériamente negra, vermelha aqui e alí.
Dizem que estou aqui.
Mas será que estou?

O ler no ciberespaço


"Leveza, rapidez, exatidão, visibilidade, multipliciade, consistência - virtudes a nortar não apenas a atividade dos escritores mas cada um dos gestos de nossa existência".

Italo Calvino

eBooks, Google Books and DPLA

 

Interview with N. Kathering Hayles

 

Katherine Hayles - 2008


"I like to say that literary studies for the most part has been in a long sleep with regard to the media and that's because print has been a dominant delivery form for so long ".



*Edição de uma entrevista com a professora Hayles, em 2008, na "Thomas R. Watson Conference" em Louisville, KY, USA.
Por: ajchamb

 

A Biblioteca Digital de Alexandria

Os Fantásticos Livros Voadores do Sr. Morris Lessmore




"Inspirado em medidas iguais, pelo furacão Katrina, Buster Keaton, O Mágico de Oz, e um amor pelos livros, "Morris Lessmore" é uma história de pessoas que dedicam suas vidas aos livros e livros que devolvem o favor. O Livro Os Fantasticos livros voadores de Sr. Morris Lessmore é uma alegoria pungente e bem humorada sobre os poderes curativos das histórias. Usando uma variedade de técnicas (miniaturas, animação por computador, animação 2D), o premiado autor / ilustrador William Joyce e Co-diretor Brandon Oldenburg apresentam um estilo híbrido de animação que remonta aos filmes mudos e musicais da M-G-M Tecnicolor. "Morris Lessmore" é antiquado e de vanguarda ao mesmo tempo. 'Morris' foi premiado com o Oscar ® de Melhor Curta de Animação na 84ª cerimônia do Oscar®".

Texto disponível em: http://morrislessmore.com/

Tecnologia do MEU tempo

Our story in 2 minutes


Por ZackHemsey, que em sua página no Youtube diz:

"Meu projeto final que fiz para a minha classe de produção de vídeo 'Cutaway Productions' [...] na minha escola. Eu não possuo os direitos sobre a música ou sobre as fotos e não estou tentando tê-los, eu só fiz este vídeo para me divertir e passei muitas horas nele assim por favor não me processe".







Da musa...

Sob o ponto de vista da musa!

Dela...
Ela...
E...
...
.ponto!

.
..
...............................................................................;)

Hoje...

O nonsense do existir




* A consciencia não tem consciencia de si.

* O nada tá vindo aí com tudo!

* Não sei o que sou. Transito entre isso o que não fui.

* Estudar todas as possilidades do impossível.

* Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. A parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo - Alvaro de Campos - Tabacaria.

...lá sem casa...

Botané




- Wow, que flor linda, é uma ofuscante?
 - Fuchsia...
- Megalâmina?
- Magellanica... não sei ao certo. Pode ser uma hybrida...
- Uma graça!
- Onagraceae...
- Então, foi o que disse.

5 Conto: Mensagem direta


Mensagem direta

Um... ver Xingu, convite tentador... infelizmente vamos ter que esperar mais um pouquinho, pra eu ver vcx... estou mais internada do que podia imaginar há uns dias, buscando o silêncio que exige, a escrita, o encordoamento da memória - afinal, o 'lete' em 'delete' não vem , sem ele, o silêncio - deixa eu ir, antes que a  besta veloz, esse tempo, me pegue - viu.. tô insuportável, só falo do meu assunto e, só posso falar sobre ele - neste momento de minha vida - cuidado, fiquem longe:)... É hora de me trancar no quarto... quentinho e protegido, charmoso e bem iluminado - lá fora, as flores... para mais além, os amores, os amigos - a cada um, agradeço a existência. Vão ver o filme vcx e, me contem tudo depois. Bjs

4 conto: A inteligência das flores


A inteligência das flores

- Coisa linda que eu li aqui agora.
- Me conta.
- Os frutos derivam-se do ovário das flores!
- Ummm... que gozo!
- Ahhhh...  uma delícia, não!?
- Que maravilha...
- Que tal fazer experimentos no jardim... fertilizar as flores!
- Adoraria ver isso um projeto seu! Gravaria suas descobertas...
- ...então, tava vendo mais abaixo...
- Mas quem disse isso?
- Táqui, no Wikipédia!
- Lindo...


Eu conto... Qualificação no dia do livro

...como começou o dia em que me qualifico:


...descobrindo, graças a este presente lindo 
 de minha amada  amiga Jacyra, que hoje é o


Dia mundial do Livro!




Pra terminar o dia: The Fantastic Flying Books of Mf. Morris Lessmore, que foi o vencedor do Óscar 2012 para filme de animação, curta metragem.



Eu conto... Vilém Flusser

...o que estou lendo: 

"Os contornos do meu futuro pensamento começaram a deliner-se; 
o problema central viria a ser a língua. Em primeiro lugar, obviamente, porque amo a língua. Amo sua beleza, sua riqueza, seu mistério e seu encanto. Só sou verdadeiramente quando falo, escrevo, leio ou quando ela sussurra dentro de mim, querendo articular-se. Mas também porque ela é forma simbólica, morada do Ser que vela e revela, vereda pela qual me ligo aos outros, campo de imortalidade aere perennius, matéria e instrumento da arte. Ela é meu compromisso, através dela concebo minha realidade e por ela deslizo rumo ao seu horizonte e fundamento, o silêncio do indizível. 
Ela é minha forma de religiosidade. É, quiçá, também a forma pela qual me perco." 


Vilém Flusser, (1920-1991), foi filósofo, escritor e jornalista - nasceu em uma família de intelectuais judeus, na Tchecoslováquia. Seu trabalho foi marcado pela discussão dos pensamentos de Martin Heidegger, pela influência do existencialismo e fenomenologia. Migrou para o Brasil em 1941, durante a Segunda Guerra; ao longo da década de 60 ensinou Filosofia da Ciência e Filosofia da Comunicação, na USP. Em 1963, publicou seu primeiro livro, Língua e realidade, considerado uma obra prima.   (continua...)

Eu conto... Revisão de texto

...como estou aprendendo a lidar com o texto: 


Impressionante, o que uma boa revisão de texto pode fazer...

Não poderia deixar de registrar esse exercício com minha amada amiga Lúcia, no dia 13, seguido de cafezinho e pão de  queijo quentinho, direto do boteco da Timbiras com a Praça da República, um presentinho de Lígia - sooo yummy! 

O futuro do pretérito, antes e depois, de Lúcia Máximo:
Antes:

Ele vai, volta, quase bate na porta, ensaia algumas palavras de ódio, vem à porta novamente, desiste. É sempre assim quando minha TV está com o volume alto lá na sala. Observo todos os seus passos pela câmera escondida na entrada. Meu vizinho é um louco, claro. Não tenho dúvidas, preparo o veneno caseiro que ando testando nos gatos da Matilda (Lúcia: é Matilda mesmo? eu: sim... rsrs) -  Solitário que é, seu corpo será encontrado daqui uns dois dias pela faxineira... (mal cheiro, incomodo, loucura... deixei de fora por não saber resolver, mas, veja o que Lúcia fez - simplesmente adorei)
Os gatos todos mortos, me livro de todos os ingredientes,("que tal substâncias?" ...eu, encantada: claro!!!) menos da quantidade suficiente para um homem duas vezes seu tamanho, só pra garantir. (-para um homem duas vezes seu tamanho, é errado Helem. -poxa, acho que soa tão bem... -não, em português não ...entro em choque... rsrsr) Levando em conta seu peso e altura, calculo que se vá em trinta minutos no máximo. A oportunidade se apresenta - nos encontramos no elevador, ele puxa assunto, reclama do barulho, eu o convido pra ver a posição das caixas de som. Ele morde a isca. Lhe sirvo o suco,("por que não, sirvo-lhe 'o suco', e assim, com aspas... isso"... adoro o jeitinho de falar, de Lúcia) vou à cozinha, e volto momentos depois com o copo do Pedro. Me deparo com aquele filho da puta dividindo seu  suco, despreocupadamente,(-Lúcia, não gosto desta palavra, mas não consegui pensar em outra na hora. -inocentemente?!) com meu filho de dois anos. Sem pensar duas vezes, (-em pânico, né? -legal, pode botar)  brinco e digo que também quero beber do mesmo copo, que parece muito bom. Pedro diz sua primeira palavra: Cabôôô! (observe o que Lúcia fez com este trecho... Assim que chegou em casa, me ligou: -talvez fosse interessante acrescentar "e última palavra", antes do cabôôô... -claro!)


*203 palavras.
Depois:
Ele vai, volta, quase bate na porta, ensaia algumas palavras de ódio, vem à porta novamente, desiste. É sempre assim quando minha TV está com o volume alto lá na sala. Observo todos os seus passos pela câmera escondida na entrada. Meu vizinho é um louco, óbvio. Não tenho dúvidas, preparo o veneno caseiro que andei testando nos gatos da Matilda - Solitário que é, o  corpo dele será encontrado uns dois dias depois pela faxineira... Nem mesmo o risco do corpo putrefato incomodando. 
Os gatos todos mortos, me livro de todas as substâncias, menos da quantidade necessária pra matar um homem com o dobro do seu tamanho, só pra garantir. Levando em conta seu peso e altura, calculo que se vá em trinta minutos, no máximo. A oportunidade se apresenta - nos encontramos no elevador, ele puxa assunto, reclama do barulho, eu o convido pra ver a posição das caixas de som. Ele morde a isca. Sirvo-lhe "o suco"; vou à cozinha e volto momentos depois com o copo do Pedro. Me deparo com aquele filho da puta, inocentemente dividindo seu suco com meu filho de dois anos. Em pânico, disfarço e brinco, que também quero beber do mesmo copo... que parece muito bom... Mas, já então, Pedro dizia sua primeira e última palavra...  ‒ Cabôôô!

*217 palavras.












Maravilhoso Lúcia, te adoro!



1 conto: O futuro do pretérito

O futuro do pretérito

Ele vai, volta, quase bate na porta, ensaia algumas palavras de ódio, vem à porta novamente, desiste. É sempre assim quando minha TV está com o volume alto lá na sala. Observo todos os seus passos pela câmera escondida na entrada. Meu vizinho é um louco, óbvio. Não tenho dúvidas, preparo o veneno caseiro que andei testando nos gatos da Matilda - Solitário que é, o  corpo dele será encontrado uns dois dias depois pela faxineira... Nem mesmo o risco do corpo putrefato incomodando.
Os gatos todos mortos, me livro de todas as substâncias, menos da quantidade necessária pra matar um homem com o dobro do seu tamanho, só pra garantir. Levando em conta seu peso e altura, calculo que se vá em trinta minutos, no máximo. A oportunidade se apresenta - nos encontramos no elevador, ele puxa assunto, reclama do barulho, eu o convido pra ver a posição das caixas de som. Ele morde a isca. Sirvo-lhe "o suco"; vou à cozinha e volto momentos depois com o copo do Pedro. Me deparo com aquele filho da puta, inocentemente dividindo seu suco com meu filho de dois anos. Em pânico, disfarço e brinco, que também quero beber do mesmo copo... que parece muito bom... Mas, já então, Pedro dizia sua primeira e última palavra...  ‒ Cabôôô!   

*Meu primeiro conto, logo depois da aula do Fábio Fernandes, ontem.  (revisão da genial Lúcia Máximo)

Eu conto... qualificação, finalmente!

... o que está rolando: 

...como nada é como planejamos, demorou um pouco mais de tempo, para finalmente temos tudo arranjado para a qualificação!

Os dois professores que cordialmente aceitaram fazer parte da banca, ou seja, ler meu trabalho até aqui, criticar e sugerir mudanças, etc, são:

Arlete dos SantosPetry, que "possui graduação em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1985) e mestrado em Educação pela mesma Universidade (2005). Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (2010) tendo pesquisado os temas Jogo, Autoria, Produção de Conhecimento e Jogos Digitais. Tem larga experiência em Clínica Psicanalítica e em Psicopedagogia. Em Educação tem experiência como Psicóloga escolar e como Professora em cursos universitários, com bom conhecimento em Desenvolvimento Infantil, Psicologia da Educação e Psicanálise. Mais recentemente tem se dedicado a trabalhos de pesquisa e docência na área de Comunicação, com ênfase em Semiótica, Hipermídia e Jogos Digitais. Atualmente, encontra-se desenvolvendo uma pesquisa de Pós-doutorado sobre Jogos Digitais na ECA (USP) com apoio da FAPESP".

Fábio Fernandes, que "possui graduação em Comunicação - Faculdades Integradas Hélio Alonso (1993), mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008). É professor assistente mestre da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nos cursos de Tecnologia em Jogos Digitais e Tecnologia e Mídias Digitais. Leciona também no curso de pós-graduação em Mídias Sociais na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo Especializado (Cultural, Comunitário, Empresarial, Científico), atuando principalmente nos seguintes temas: Literatura, Cibercultura, Cyberpunk, Ficção Científica, Jogos e Novas Mídias. Traduziu dezenas de livros, entre os quais Laranja Mecânica, Neuromancer e A Era das Máquinas Espirituais, e tem dois livros publicados, A Construção do Imaginário Cyber e Os Dias da Peste. Tem textos acadêmicos e de ficção publicados em vários países. É membro da Science Fiction Research Association, da International Game Developers Association e da British Science Fiction Association. Cursa atualmente pós-doutorado na ECA-USP e é professor colaborador do TIDD (programa de estudos pós-graduados, mestrado e doutorado stricto sensu, em Tecnologias da Inteligência e Design Digital) da PUC-SP". 

Wow, estou bem servida! 

Vale lembrar que meu caro orientador estará também presente, Sergio Roclaw Basbaum, "é músico, Bacharel em Cinema pela Universidade de São Paulo (1994), Mestre e Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005), com Pós-Doutorado em Filosofia pela UNESP. Atualmente é docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde leciona no PPG-TIDD -- Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital - apontando seu percurso interdisciplinar na direção das ciências cognitivas, como resultado natural de seu processo de pesquisa, já há mais de 15 anos examinando as relações entre arte, tecnologia e percepção. No TIDD, coordena o Grupo de Pesquisa em Tecnoestése e Infocognição, procurando desenvolver uma compreensão diferenciada do impacto das tecnologias de mediação na percepção, na cognição e na cultura. Tem atuado também em cursos de graduação da PUC-SP, como o curso de Comunicação e Artes do Corpo, o curso de Multimeios e o curso de Tecnologia e Mídias Digitais - tendo coordenado este último no período 2007-11- bem como em cursos de Especialização (pós-graduação latu-senso), tais como o de Estéticas Tecnológicas. Foi professor convidado do Mestrado em artes Visuais da UDESC, e ministrou diferentes disciplinas ligadas à comunicação e às artes em outras instituições. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Fundamentos e Crítica das Artes, e desde a conclusão de seu doutorado vem realizando trabalhos diversos em música, vídeo interativo e performance, em paralelo com seu trabalho de pesquisa. O núcleo de sua pesquisa, como já se disse, é a articulação interdisciplinar entre arte, tecnologia e percepção. A partir das abordagens que vem desenvolvendo aí, tem atuado em temas como cognição, percepção, artes visuais, cinema, tecnologias digitais e arte contemporânea, música e design de som. Desde de 2007 é membro do Conselho Tecnológico do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo".

*Está marcado para as 17h, dia 23 de abril de 2012 - super!